segunda-feira, 25 de julho de 2011

ARTIGO: Uma vida de raiva!

Assim caminha a humanidade. Todos nós com raiva e na maioria das vezes transferimos a raiva por nós para os outros. Em doses homeopáticas, para que não sintam o efeito imediato, mas lá na frente. E se reclamarem e explodirem como uma bomba relógio, então devem sentir a minha mão de justiça, verdade, onipotência e onisciência.

Dizem que os tiranos nasceram assim, e jamais souberam perdoar quem lhes deu o primeiro tabefe, e muito menos os demais. Mas alguém teria que pagar o pato, como se diz. Seja quem for mesmo aqueles que nos querem bem. Claro por que eu sou justo, correto, jamais erro e travestido desta força que só eu tenho, posso. O que vai acontecer depois, não me interessa, porque eu já tomei a decisão e tenho certeza de que eu posso julgar, condenar, já que tenho o direito e dever de fazer agora a justiça que não tive no passado.

Não me assusta constatar às vezes de que estou cada vez mais só, porque aqueles que se afastaram, todos, sem exceção, estavam errados. Será que eles não viram isso? A minha clarividência é absoluta, total, e não pode ser contestada, porque eu sou sempre o certo e mais do que isso, de posições sempre corretas e bem pensadas. Aprendi no passado, que como fui chutado, devo chutar agora. Se vai doer em alguém, devo pensar que já doeu em mim no passado. E não digam que sou tão raivoso quanto os outros, porque não tem nada a ver. Ora bolas!

Pensando bem, estou chutando de mim agora simplesmente quem já estava mesmo meio afastado, e não por minha culpa, é claro! As minhas culpas eu já deixei no passado, e pelo menos uma vez por semana, senão todos os dias medito e faço uma oração para continuar sendo justo. Me entendem?

Bom... Depois de ter justificado e bem a retirada de mim de mais alguém que me queria bem, vou procurar agora algum com quem conversar.

Afinal de contas, eu não sou uma pessoa tão má assim! Vocês sabem disso, não sabem? E tenho certeza também de que devem estar morrendo de inveja por não poderem ser como eu sou, certo?

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