Ainda é difícil falar sobre sexo!
O aspecto reprodutivo é o que predomina nas aulas de biologia, prevenção de doenças, gravidez, etc. Muito pouco se fala de prazer, sendo o assunto motivo de tensão para alunos, professores e pais.
Os jovens de hoje e as futuras gerações podem ter uma vida sexual mais feliz e ter prazer sem preconceitos, mas isto exige conhecimento e responsabilidade. Sem orientação e educação sexual, esses jovens vão repetir os erros de outras gerações. O diálogo tem que ser esclarecedor e os pais não podem ficar ansiosos diante de perguntas embaraçosas. A falta de informação sobre o que esta acontecendo e o que acontecerá com seus corpos é um dos fatores que mais causa sofrimento nos nossos adolescentes, fazendo que se tornem adultos disfuncionais.
As meninas, na nossa cultura, são mais controladas e reprimidas. Estas futuras mulheres devem saber como seu corpo reage aos diversos estímulos para que não repitam a atitude de suas avós, que não conheciam seu próprio corpo quando o entregavam ao marido.
E os meninos? Apesar de terem informações que outras gerações não tiveram, continuam com as mesmas dúvidas em relação à sexualidade. Alguém lhes explicou que em breve terão uma ejaculação? Não, e este jovem vai acordar “molhado” ou permanecerá horas testando se seu pênis já produz alguma coisa. Eles continuam com as mesmas dúvidas que seus antepassados.
A sexualidade pode e deve ser aprendida.
Como lidar com isso? O educador sexual pode ser acionado nesta árdua tarefa diminuindo o constrangimento e acrescentando saúde a esta grande família (pais/escola). Falar sobre sexo saudável não estimula a sexualidade precoce.
Sexo é bom, dá prazer, mas é necessário orientação para que não cause o efeito contrário. Os adolescentes vão “namorar” de qualquer forma, então, o melhor é educá-los.
A sexualidade sempre existiu, mas há poucos anos vem sendo mais estudada e divulgada. Hoje, você pode proporcionar a seu filho saúde sexual.
Colunista Dta Marta Barbosa, Especialista em Ginecologia.
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