terça-feira, 28 de junho de 2011

COLUNA: Vencer! Ou...

Vencer!

Este parece ser sempre o mais devotado dos votos do ser humano, ao mesmo tempo em que para alguns, a devoção pela vitória não merece cálculo de riscos e muito menos respeito pelos meios para chegar ao fim.

Está estabelecido como dogma no seio da sociedade de que ser o vice, ou segundo colocado, não é nada, simplesmente porque não chegou lá, não venceu. Mas eu deixo a pergunta: “Como não chegou lá?” Será que para que disputasse o titulo máximo ou o primeiro lugar, não foi preciso primeiro vencer muitos tantos quantos o vencedor final? È... Mas perdeu a final! É vice! Não é nada!

Nem mesmo os vencedores são poupados do olhar cético e invejoso dos que ficaram no caminho. “Ganhou aqui, quero ver pegar os mais fortes!” E quem sequer conseguiu derrotar este que ganhou aqui, como seria com os mais fortes?

Vencer! Ou... Vencer! Não se dá medalha de ouro para o vice, a dele é de prata! Então gostaria de saber de que é feita a medalha dos que ficaram pelo caminho. De lata? E daqueles que sequer tiveram a coragem de competir por se julgarem fracos e incapazes? Estes na certa devem ter em suas vitórias as medalhas sem metal porque senão não buscariam tanto o brilho dos outros.

Vencer! Ou... Vencer!

Nada shakespeariano, mas simplesmente, mundano. De um mundo sempre em dúvidas e dívidas consigo mesmo, longe do vice que não quer, já que a vitória não tem coragem para tentar.

Vencer! Ou... Perder!

Pode-se até perder, porque afinal de contas são poucos os que chegam à condição de lutar, para vencer.

Antonio Jorge Rettenmaier, Escritor, Cronista e Palestrante

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