terça-feira, 28 de junho de 2011

Para cometer um grande erro é necessário determinação

Errar é humano. Desculpem a nossa falha!
Hoje, tudo é na base do sistema, não é?
Ok, então desculpem a falha do nosso sistema. Pronto, lá se foi o fator humano...
Em todas as áreas, a informação e o conhecimento estão disseminados, portanto está bem mais fácil encontrar apoio e suporte para desenvolver os trabalhos minimizando os erros.
Grandes projetos, no mundo todo, são preparados em verdadeiras “Torres de Babel”, pois cada pedacinho pode ter uma nacionalidade. Fantástico isso, não?
O arquiteto, o engenheiro, o projetista, o calculista, a idéia, o conceito, os equipamentos, os materiais, os fluídos, o aquário, os peixes, as cortinas, as receitas, e tantas outras coisas, podem vir de todas as partes do mundo!
O cassino é uma cópia pequena de Veneza, a ilha é artificial, o prédio é natural e escavado nas rochas da montanha na velha Europa, mas os tapetes são Persas, o quarto no Japão é de gelo, descorado com peças chinesas por um artista italiano, e, nessa ebulição, somam-se os conhecimentos e as competências.
Muitos dos nossos erros seriam evitáveis com adição de competências, por que erramos, então?
Por que somos humanos e errar é humano!
Isso por si só explica, mas não justifica!
A máquina, assim que acende uma luz, avisa o operador. Persistindo o defeito, depois de quinze minutos soa o alarme na sala de manutenção. Meia hora depois um efeito sonoro avisa o supervisor, se não resolvida a questão o gerente será acionado na hora seguinte, o diretor na próxima meia hora.
A falha humana começa a ser corrigida ou pelo menos as providências encaminhadas.
As peças produzidas precisam ser revisadas a cada quinze minutos, para isso o operador, uma vez que tenha realizado o trabalho, aperta um botão e cancela o alarme daquele período, caso contrário será lembrado pelo alarme sonoro.
Quando o fato se repetir pela terceira vez, seu supervisor receberá um aviso que no local há uma falha.
Para isso, lá estão o sonar, o radar, o sensor de ré, a luz de freio, o pisca-pisca, o pisca-alerta, o apito da fábrica, o sino da igreja, a agenda eletrônica, o GPS, o assobio da chaleira, as cancelas, os auxiliares e os curiosos!
O curioso é irritante, mas tem uma impressionante capacidade de avisar do perigo. Sua função é criticar, mas não peça opinião, pois dessa forma você colocará um fim no papel que executa.
O curioso não tem compromisso, apenas ansiedade. Há um trabalho interessante e preventivo que pode ser feito com o curioso.
Defendo que projeto bom é aquele que, depois de muita crítica e apanhar muito, para em pé.
Para esse teste de resistência basta chamar o curioso, e sem revelar os objetivos incentivá-lo a criticar e derrubar o projeto.
Para não intimidá-lo, chamamos vários, e quanto mais conhecimentos técnicos tiverem do assunto melhor.
Este é um exercício que permite descobertas surpreendentes, e uma delas é que se não conseguirem derrubar o projeto se voltarão a derrubar os argumentos do colega curioso.
É verdade que submeter um projeto nosso à crítica pode ser doloroso, mas é bem mais barato e menos arriscado que ver tudo desabar ou naufragar.
Pequenos erros nem sempre são visíveis, mas os grandes normalmente são. Observe que, com crítica, para cometer um grande erro é necessário determinação.
Depois do desastre não adianta ficar incomodado com o fato de que um curioso sempre o lembrará que havia feito recomendações e você não deu atenção.
Estamos conversados?
Depois não diga que não avisei!




Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial

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