A retomada do projeto para a revitalização e qualificação do centro de Bento Gonçalves foi uma das primeiras ações do Governo Lunelli ao criar um grupo específico de trabalho para discutir e desenvolver a área central e prever o futuro da mobilidade urbana do Município tendo como base projeto desenvolvido pela arquiteta Magda Cobalchini.
A partir daí, contou com a participação da arquiteta Angela Petroli que elaborou o projeto técnico final. Magda comenta que o mesmo surgiu da necessidade de criar nova vitalidade a área central da cidade, considerada berço da imigração italiana, ponto de encontro dos imigrantes através da religiosidade e das primeiras trocas comerciais entre tropeiros e a população bento-gonçalvense. "Fruto de acelerada urbanização exercida pela atratividade existente na área central o local necessita desta nova vitalidade para garantir avançado grau de eficiência na mobilidade de pedestres, sistema viário, infraestrutura, circulação de ônibus coletivo e na valorização do patrimônio histórico e cultural existente no coração da cidade" explicou, acrescentando que o conjunto dos projetos priorizará a circulação de pedestres com o alargamento das calçadas, novo mobiliário urbano adequado a padrões atuais e priorização do transporte coletivo para acessibilidade de pessoas ao centro.
A primeira etapa iniciada nesta semana com investimentos da ordem de R$ 2,06 milhões corresponde ao trecho da Via del Vino entre a Saldanha Marinho e a Júlio de Castilhos e trechos da Cândido Costa e Marechal Floriano. A área é caracterizada por calçadas estreitas e um grande número de mobiliário urbano (lixeiras, telefones públicos, parquímetros, postes de iluminação, placas, cestos e outros elementos) que dificultam a mobilidade e a circulação de pessoas principalmente para portadores de necessidades especiais de locomoção.
A previsão é de que as obras durem em torno de oito meses e será feita uma completa remodelação na paisagem urbana do Centro. Serão substituídas calçadas, rampas de acessibilidade, novo desenho de lajotas, substituição de uma por duas fontes, área para eventos defronte a prefeitura, remodelação das casas dedicadas ao turismo receptivo, alem da retirada e substituição da rede elétrica de baixa tensão por redes subterrâneas dando um novo visual a área central do Município. Por questões de natureza técnica, a rede de alta tensão será aérea, porém compacta (também chamada de rede ecológica).
Magda Cobalchini explica que o novo projeto abrange todo o quadrilátero central envolvendo ações da qualidade de vida. “Pela dimensão do projeto, e seu envolvimento na vida diária de inúmeros pedestres, veículos e serviços esta intervenção executada de uma só vez, provocaria alto impacto na vida das pessoas e na atividade econômica da área central e por isso, desaconselhável. Assim o projeto total está dividido em cinco etapas” justifica. A etapa que se inicia agora está composta por intervenções nas ruas Marechal Deodoro (Via del Vino), inicio da rua General Gomes Carneiro até confluência com a rua Barão do Rio Branco, e trechos das ruas Cândido Costa, Marechal Floriano e Júlio de Castilhos.
Redes subterrâneas
Para definição do projeto de redes subterrâneas de infovias (energia elétrica, comunicações, internet, net, etc) realizaram-se pesquisas, e visitas em locais com infraestrutura semelhante, para selecionar alternativas que fossem técnica e economicamente viáveis. “Devido ao alto custo destas obras, definimos um modelo de rede onde tudo será subterrâneo exceto a rede elétrica de média tensão que será implantada no passeio oposto à Via Del Vino em rede compacta (ecológica)” comenta a arquiteta.
A definição deste modelo produz uma economia em cerca de 80% no custo da manutenção e a implementação é em torno de 10 vezes menor se comparado com o custo total de uma rede subterrânea sem denegrir a proposta de requalificação urbana alcançando uma limpeza visual do local.
Grupo de trabalho
Para validação e aprimoramento do projeto, o Executivo Municipal formou no início de 2009 um grupo de estudo e análise denominado “Grupo de Trabalho – Revitalização do Quadrilátero Central” sob a coordenação do atual Secretario de Mobilidade Urbana, Heber Moacir dos Santos. Reuniões com entidades, como os membros do grupo Viva Bento, CDL, Sindilojas e Trade Turístico e outros, tiveram ampla participação até a definição total do projeto que se iniciou por ocasião da elaboração do Novo Plano Diretor em 2006. “Uma das reivindicações da população era a revisão urbanística desta área central com intervenções necessárias para tornar a acessibilidade mais organizada e capaz de se comportar atratora de roteiro turístico e de preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade” finaliza o secretário.
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FONTE: Assessoria de Comunicação Social Prefeitura de Bento Gonçalves
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