Dizem que a esperança é a última que morre, mas eu não penso assim. E apesar de ter acordado com o melhor bom humor hoje, não posso esquecer que hoje vou ter que enfrentar algumas filas. Aliás, nós temos que enfrentar filas desde que nascemos. Uma prova disso é que ficamos na fila do parto, depois já no berçário ficamos na fila do banho e nem sempre as enfermeiras erram a ordem. No meu tempo de escola, também tinha a fila para entrar na sala de aula e nem sempre os menores eram os primeiros. E assim fui levando a vida.
Dias atrás tive vontade de comer sobre-coxas de frango fritas, fiquei na fila do açougue do supermercado, e na minha vez, só tinha congeladas. Tive que me contentar com um bife acebolado e deixar as sobre-coxas para outro dia. Na fila da padaria também não tinha mais o pãozinho que queria e precisei levar outro.
Veja bem. Se a gente ficar doente, entra na fila de atendimento, e se não tiver mais ficha, azar do freguês. Tenho um amigo que depois de horas na fila para uma ficha de cardiologia, se não tiver mais, pega de uma para ginecologia mesmo. Assim não fica pelo menos com a sensação de tempo perdido.
Ora minha gente. É tanta fila e para tudo que tem hora que se desiste até de apostar na mega sena, e menos mal quando se confere a aposta e descobre que não teria ganhado nada. Pelo menos fica o consolo de ter economizado o valor daquela aposta.
Um amigo me disse que acha interessante não haver filas grandes no cartório ou na igreja para se casar. Porque será? Lembra ele também que para subirmos na vida mesmo que por pouco tempo também temos que enfrentar filas, as de um elevador por exemplo.
Bem. Pelo sim, pelo não, sempre vamos encontrar filas.
Minha única alegria é que posso dizer que não é a esperança a única que morre. Eu tenho certeza absoluta que é a Felicidade a última que morre.
E eu... Podem ter certeza, ainda estou na fila.
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